"Nada emociona mais do que partir de si próprio rumo ao desconhecido. Na verdade... partir ao próprio encontro."

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A última grande atração - Puerto Madryn e redondezas!










Continuando nosso relato abaixo, dormimos em Comodoro Rivadavia depois de um dia tranqüilo de viagem, com suas longas retas e asfalto bom, acompanhados somente pelos guanacos. Descobrimos que Comodoro Rivadavia, apesar de ser uma cidade maior, é muito mal servida de hospedagem. No centro da cidade há três hotéis, sendo um caríssimo, um muito ruinzinho e outro razoável, mas lotado. Acabamos voltando 8 km para ficarmos na entrada da cidade no Hotel Su Estrella (do qual você é a grande estrela), hotel de viajante simples, mas limpo. Até ai, tudo bem...mas, sempre há um mas... não sei ao certo de foi um copo de leite (que era para ser chocolate quente e quando recebi era leite quente e uma barra de chocolate para colocar dentro...) ou o frango com molho de laranja (menú único do hotel...) mas sei que a noite foi longa e dolorosa (diríamos ardida!) para mim. A Márcia não foi abalada pelas comidas.
Enfim, os 450 km de Comodoro Rivadavia até Puerto Madryn foram tão longos quanto a noite...
Como a situação não era muito favorável, para o piloto, nem para procurar hotéis... decidimos ficar em Puerto Madryn 2 noites e fazermos os passeios próximos (nem tanto) com um carro alugado e uma nova motorista!!!
Estamos hospedados no Peninsula Valdez – excelente hotel a beira da praia, bem localizado.
Ao verificarmos sobre os passeios, descobrimos que a pinguineira de Punta Tombo ficava há 180 km de Puerto Madryn...em direção ao sul, ou seja, teríamos que retornar esta distancia em dobro.
E foi o que fizemos, pela manhã como nosso hiper, ultra, mega Siena alugado partimos rumo a Punta Tombo em busca dos pingüins, São 160 km de asfalto, indo pela Ruta 3, depois entrando na RP 75 (que não aparece em nenhum mapa porque foi terminada agora em 2008), depois entra-se na Ruta 1 até a entrada do parque, onde se fazem 22 km de rípio passável para motos. Já na entrada se encontra pingüins caminhando no meio dos arbustos e nas passarelas em meio a guanacos, ovelhas e esquilos. Por todo o caminho são centenas de pingüins cuidando dos seus ninhos ou tomando sol. Para se ter uma idéia da beira da praia até aonde se a vistam ninhos deve ter 1 km (é muito pingüim). Tanto que existem placas para ceder o passo aos pingüins. Estima-se mais de 3.000 pinguins.
Quase todos os pingüins são amigáveis, claro, respeitadas determinadas regras simples como não tocar neles, nem sair das passarelas, mas, sempre tem algum rebelde...
A Márcia é a única pessoa que conheço que foi ATACADA por um pinguin... Isso mesmo, estávamos passando normalmente pelo caminho e um pinguin (não se sabe se ele ou ela...) resolveu espantar a Marcia e foi na direção dela. Como os demais haviam sido dóceis, inclusive posando para fotos, ela não saiu correndo, até... que o pingüim cravou o bico no joelho dela... feita lambança sai a Marcia pulando do pingüim. Resultado, uma mordida de pingüim e um machucado forte na perna, rsrsrrsrsrs.
Depois descobrimos que estava fazendo o ninho e buscava as raízes do outro lado do caminho e tivemos a infelicidade de cruzar exatamente no monento o caminho dele... enfim...havia um pingüim assassino, hahahaha.
Por fim, tocamos direto a Puerto Piramides que fica a 100 km depois de Puerto Madryn em direção ao Norte, dentro da Península Valdez. Cabe informar que Puerto Piramides tem posto, hospedarias e o caminho é todo asfaltado. O lugar é paradisíaco, com águas azuis e um clima bem alternativo (com preços bem turísticos). Contratamos um passeio de lancha por 120 pesos argentinos por pessoa, para tentar avistar baleias (já é final de temporada). Elas vêm até aqui para procriar e ficam até seus filhotes adquirirem tamanho para viajar para a Antártida (tamanhinho da criança é 15 toneladas e a mamãezinha 40 a 50 toneladas).
Ao chegarmos nos deparamos com uma cena um pouco incomum, ainda mais para esta época, um filhote se exercitava saltando da água. Ver a imagem de um animal daquele tamanho e peso se projetando para fora da água deixou todos de boca aberta e é de encher os olhos de qualquer um. Desculpem, mas nesta hora ter uma boa máquina fotográfica é fundamental, mesmo assim as fotos jamais irão transmitir a sensação de chegar a uma distância menor que 5 metros de um ser vivo dessa grandeza. Em uma das vezes tivemos a oportunidade de ficar olho a olho com a baleia mamãe. FANTÁSTICO!!!
Retornamos ao hotel num final de tarde lindo, cansados, depois de 530 km rodados e extasiados, termos admirado a última atração turística programada para esta viagem.
Como é a vida, no Ushuaia tivemos cancelado nosso passeio de barco e acabamos compensando em muito na Peninsula Valdez, com detalhe de que ontem os barcos aqui não puderam partir... sorte também é necessária.
Agora, para casa!!!
Sairemos cedo e dormiremos onde conseguirmos na direção de Buenos Aires.
AVANTE e realizados!!!

3 comentários:

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  3. Aiaai Amiga!!!!! Toda viajem tem que deixar una marca historica divertida y ser atacada por un pinguin é o mais....
    Que lindo tudo, sonho realizado parabens para os dois.
    desde aqui desejo,
    ¡¡¡¡¡¡Feliz festas!!!!!!

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